segunda-feira, 27 de abril de 2009

Deus sabe o que faz

Conservemos em nossa lembrança tudo o que nos dá esperança.

Reconhecemos aqueles que nos instruem e nos orientam, mas não quer dizer que temos que concordar com aquilo que pregam contra a Bíblia, como se o que dissessem viesse a substituir o que a Bíblia ensina. Ninguém, nem mesmo anjos ou profetas, apóstolos ou bispos, mestres ou homens comuns tem maior valor do que aquilo que as sagradas escrituras revelam. Elas são e sempre serão nossa única norma de conduta e de fé. São as escrituras que revelam os princípios para a eterna redenção e são elas que testificam do Senhor Jesus, o caminho, a verdade e a vida.

Graças a Deus, que o que temos na casa do Senhor é mais do que nossa Bíblia e nossa Harpa. temos uma história de vida. São anos de caminhada, de dificuldades comuns e de bênçãos. Momentos que marcaram nossas vidas, que serviram como instrumentos do Senhor para nos fazer perceber e reconhecer o que somos – precisamos ser eternos dependentes do amor e da graça do Senhor Jesus. É verdade que muitas barreiras se levantaram e que o Senhor pôde revelar mais de sua vontade por meio de cada uma delas. As bênçãos alcançadas não devem ofuscar nossos olhos, levando-nos a amar mais as bênçãos do que aquele que nos abençoou. Sabemos que sua obra em nossas vidas não terminou. Na verdade, a obra que um dia começou, temos certeza que há de completar até o dia do Senhor Jesus Cristo.

Na Igreja estão muitas pessoas. Pessoas diferentes, mas tementes a Deus. Pessoas que apesar das pedradas, aprenderam que somente no Senhor temos garantida nossa redenção. Nossas obras devem ser fruto da fé que Ele nos deu gratuitamente, devem corresponder como atitudes de gratidão pelo amor com que o Deus de Jacó nos amou. Jamais nossas ações ou atitudes poderão ser confundidas como meios de garantir nossa remissão ou nossa salvação. Isto seria uma afronta a obra de Cristo, ao seu sacrifício.

Convivemos com pessoas singulares, até porque ninguém é igual a ninguém mesmo. Sim, muitas pessoas que amamos permanecem, outras se desviaram, deixaram o Senhor. Devemos, sobretudo, ser pessoas simples que amam a Palavra de Deus, acima da palavra dos homens. Pessoas que imitam a fé, sem confundir ações humanas, opostas ao que a Bíblia ensina, com ações de fé. As obras da carne são nossas adversárias, são contrárias à vontade do Senhor e delas devemos sempre nos afastar. Nunca servem de modelo para nada e para ninguém. Devem ser descartadas. Quanto a elas, devemos nos considerar mortos, mas quanto à vontade do Senhor, vivos por meio de Cristo. Se vivemos, devemos viver para Deus, não para uma vida desregrada e dominada pelo pecado. Nunca devemos nos esquecer que estamos numa guerra contra as obras da carne, contra tudo aquilo que peleja ou se opõe a nossa comunhão genuína com DEUS.

Mas a Palavra da Verdade, o Verbo Vivo, o Autor e Consumador de nossa Fé, Jesus Cristo sempre estará pronto a nos ajudar na luta contra o pecado. Sua misericórdia e seu amor, certamente, são as causas de não sermos destruídos por nossas próprias vontades, por nossos próprios desejos. Jesus é a certeza de nossa salvação, de nossa remissão, de nossa redenção. Nele, podemos esperar, nele podemos descansar. Claro que nem tudo acontece do jeito que queremos. Nossas visões podem estar distorcidas ou mesmo obscurecidas por nossos temores, nossos anseios, nossas vontades. Até mesmo, bênçãos podem nos querer confundir, tirando nossos olhos de quem realmente deveriam estar.

Nossas vidas permanecem nas mãos do Senhor, principalmente, porque estão, como marcas de cravos, em suas mãos. Seu sangue nos garantiu convicta esperança (fé), e por ela, os santos viverão. A Palavra do Senhor nos ensina que não devemos nos envergonhar “do evangelho de Cristo, pois é o PODER DE DEUS para salvação de todo aquele que crê; porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: mas o justo viverá da fé.”

Pedimos a Deus que Ele nos auxilie a guardar nossos corações de toda calúnia, de toda amarga afirmação. Não somos tolos em não reconhecer e saber que o nosso Deus utiliza qualquer situação e circunstância para nos instruir, nos admoestar, nos castigar, nos repreender. Mas também usa as mesmas situações para nos edificar e para nos dirigir. Medite na situação criada pelo Profeta Jonas. A libertação dos marinheiros que estavam no barco com o profeta, encontrava-se em retirá-lo daquele barco. Mesmo sendo um vaso do Senhor, sua permanência ali não iria trazer benefícios para os navegantes. A libertação da opressão veio quando lançaram-no ao mar. É claro que os propósitos de Deus eram maiores do que se esperava. Deus se revelou por meio de Jonas aos marinheiros, demonstrando seu poder e sua autoridade sobre tudo, mas recolocou Jonas no caminho que queria, isto é, em direção à propagação de sua Palavra, palavra que traria a salvação para milhares de pessoas na cidade de Nínive.

É estranho, mas parece que ás vezes o bem está em deixar do barco. É o melhor para os navegantes, é o melhor para Jonas, é o melhor para Nínive. Claro que deixar o barco, não indica abandonar o Senhor. Nas águas, o Senhor providenciou uma maneira de Jonas cair em si, reconhecer sua carência em relação ao Deus de Israel, encontrando-se com uma adversidade que permitiu-lhe clamar por salvação, por livramento. Deus estava dando prosseguimento à obra que já havia começado na vida de Jonas. Ali ficou evidente que todas as coisas, sob a direção de Deus, cooperam para o bem daqueles que O amam, daqueles que são chamados pelo seu decreto (Romanos 8.28), seja para Jonas, seja para os navegantes, seja para os ninivitas, seja para mim e para você.

Os planos de Deus são maiores do que os nossos. Ele sabe como proceder para nos arrancar do pecado, dos laços de morte, de acomodações frente aos seus propósitos, trabalha para nos livrar de nós mesmos. Ele sabe utilizar as circunstâncias para nos fazer ver, nos fazer compreender, levar-nos ao arrependimento e para nos fazer voltar a Ele mesmo. Podemos reconhecer seu braço forte agindo em todas as coisas e, além disto, sua mão estendida para nos edificar, nos converter e nos fortalecer em sua presença. O agir de Deus nos conduz à santificação e à mudança de vida, e exige de nós confiança em sua vontade, em sua Palavra. Por isso, não deixe para depois o que você precisa fazer agora mesmo: DEIXE O SENHOR JESUS OPERAR GRANDE TRANSFORMAÇÃO EM SUA VIDA. (bY Pr. Jailson Queiroz Fagundes)

Sadio na FÉ (1)

Fortalecidos pelo Senhor para
sermos sadios na Fé (Parte I)

A princípio, é importante destacar o significado do verbo FORTALECER. Sempre que pedimos ao Senhor para fortalecer alguma área de nossa vida, Ele sabe o que é prioridade e viabiliza meios, situações, recursos e circunstâncias para que sejamos fortalecidos. FORTALECER é dar mais força, fortificar, revigorar, tornar mais resistente; é reforçar, tornar mais eficaz, mais influente; é dar coragem para; é animar, encorajar, dar mais firmeza, tornar mais convincente; é prover com meios de defesa (armas espirituais).

Assim, pedir a Deus que nos fortaleça é mais do que apenas pedir força física ou saúde. Ser fortalecido por Deus é receber dele, por meio de variadas circunstâncias e situações, aquilo que precisamos para, sobretudo, sermos sadios na fé. O principal campo a ser fortalecido é o campo espiritual.

Há crentes que pedem, indiscriminadamente, tudo que lhes vem a cabeça. Nossa imaturidade quanto à perfeita vontade de Deus para nós, leva-nos a preferir coisas que podem atrapalhar o processo de transformação e de santificação de nossas vidas.

O Nosso Senhor Jesus Cristo é, sem dúvida alguma, nosso Salvador. Mas do que Ele precisa nos salvar? Claro que de queda fatal, salvar-nos do afastamento definitivo de Deus e do fim determinado para todo pecador, ou seja, da morte eterna. Mas enquanto vivos, Ele precisa nos salvar de nós mesmos, de nossas concupiscências. Somos tão egoístas que somos capazes de escolher o que nos destrói só para, temporariamente, nos satisfazermos. Cristo precisa nos livrar de nossas próprias e destrutivas vontades, precisa livrar-nos de nossa carne.

Quando o Senhor nos fortalece, Ele também sabe qual a área que deve ser fortalecida primeiro. Se temos uma reforma para fazer numa casa e tudo se encontra fragilizado, do chão ao teto, de colunas a vigas, de paredes a acabamentos, certamente precisaremos identificar as prioridades. Não é prudente apressar uma obra de maneira leviana.

Nossa leviandade (precipitação) nos leva a querer ver a casa bonita antes de fortalecida. Imagine se eu resolvesse pintar as paredes sem consertá-las. Isso seria um absurdo, não seria? Pois é, muitas vezes pintamos as paredes sem consertá-las. Queremos que o Senhor (nos exalte) altere a vergonha que passamos em nosso trabalho, decorrente de uma mentira proferida por nós, sem que ele primeiro trate nosso vício de mentir. Queremos que o Senhor nos permita comprar novas roupas extravagantes, sem que Ele trate primeiro, nosso vício de querer aparecer e de chamar a atenção dos outros para nós.

É estranho como nós queremos receber reconhecimento quando fazemos qualquer coisa sem que primeiro permitamos ao Senhor que trate nosso vício de vangloriar-se de tudo e sobre todos. Queremos aparecer mais do que os outros, sem reconhecer que estamos roubando a Glória daquele que é o único digno de Glória.

Nossos sentimentos e pensamentos nos confundem. É por causa disso que precisamos da “lâmpada de Deus”, de sua Palavra. Por meio dela, nosso entendimento é transformado e renovado e, assim, podemos ser dirigidos pelo Espírito do Senhor, para fazermos aquilo que o Senhor quer, aquilo que agrada a Ele e, não, aquilo que satisfaz nossa carne, nossas concupiscências.

Todo cristão deve saber que é perigoso querer todo tipo de “supostas bênçãos” sem que nosso ser esteja sendo tratado ou fortalecido pelo Senhor. Como pais responsáveis, nós não damos a uma criança, de dois anos de idade, brinquedos que contenham peças muito pequenas, pois sabemos que ao engoli-las poderão vir a óbito. Nosso Pai Celeste também sabe disso. Muitas coisas precisam ser tratadas anteriormente (precisamos crescer um pouco mais) para, então, podermos lidar com coisas que, em um momento anterior, poderiam nos levar a óbito espiritual.

Cuidado! Se você pintar as paredes da casa sem reforçá-las ou reformá-las, estará trazendo maiores problemas para si, além de perder tempo e dinheiro. Provavelmente, ainda estará se acomodando à situação de perigo (espiritual) deixando “caiado algo que deveria ser tratado”, adiando assim, aquilo que deve ser prioridade, aquilo que é essencial e urgente. A tinta de cal não é permanente, mas ilude nosso olhar, fazendo-nos adiar a verdadeira reforma que deve ser feita. Não trate com descaso a obra que o Senhor quer realizar em sua vida, adiá-la pode ter conseqüências eternas.
Saiba que o Senhor Jesus entende de qualquer ofício. É tão Médico, quanto Arquiteto. É tão Psicólogo quanto Fonoaudiólogo. Saiba que aqueles que Nele confiaram, nunca foram envergonhados. Que tal, deixar a transformação de sua vida, exclusivamente, nas mãos DELE. (by Pr. Jailson Queiroz Fagundes)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Contra o Movimento da Fé

Quais os ensinos fundamentais do Movimento da Fé?

O Movimento da "Fé" acredita que a mente e a língua humanas contêm uma habilidade ou poder sobrenatural. Quando alguém fala, expressando a sua fé em leis supostamente divinas, seus pensamentos e expressão verbal positivos produzem uma "força" supostamente divina que irá curar, proporcionar riqueza, trazer sucesso e, de outras maneiras, influenciar o ambiente. Kenneth Copeland ensina que "a força poderosa do mundo espiritual, o qual cria as circunstâncias que nos rodeiam, é controlada pelas palavras pronunciadas pela boca humana. Essa força vem de nosso interior".[1] Portanto, "não há nada nesta terra tão grande ou poderoso... que não possa ser controlado pela língua... É até possível controlar Satanás, aprendendo a controlar a própria língua".[2]

Os ensinos do Movimento da fé, aparentemente bíblicos, falsificam e distorcem os ensinos de Jesus e as Escrituras Sagradas. Parece-se, ou melhor, iguala-se aos ensinos do "pensamento positivo e da confissão positiva" retratada tão hereticamente no livro "o segredo". Livro que inicia leigos num processo de desenvolvimento ocultista, levando os indivíduos a reconhecerem a força que suas palavras (de fé) possuem. Loucura ou heresia? Certamente as duas coisas. (análise complementar feita por Jard/Ide)

Segundo os pregadores da "Fé", Deus responde automaticamente e realiza o que ordenamos quando confessamos nossas necessidades e desejos pela fé, de maneira positiva.[3] Por isso os cristãos devem supostamente aprender a operar seu homem interior ou "homem espiritual" no poder do mundo espiritual, mediante leis sobrenaturais, leis que irão funcionar para qualquer indivíduo, quer crente ou incrédulo.[4]

Segundo observa Charles Capps: "As palavras são a coisa mais poderosa do Universo"; "Isso não é teoria, é fato. É uma lei espiritual"; e: "Esses princípios de fé são baseados em leis espirituais. Eles funcionam para quem quer que aplique essas leis. Você os faz funcionar pelas palavras da sua boca".[5] A não ser que os cristãos obedeçam a essas leis e as apliquem com sucesso, o próprio Deus fica prejudicado em Sua possibilidade de agir na vida deles. Por quê? Porque tanto Deus como os cristãos são limitados por essas leis. Fred K. C. Price e outros ensinam que da mesma forma que o poder de Deus tem origem na fé que Ele exerce nas palavras que profere, o mesmo se aplica aos cristãos.[6] Por exemplo, "Deus criou o universo pelos métodos que você acabou de colocar em prática pelas palavras de sua boca. Deus liberou a Sua fé em palavras".[7]

Isso significa que tanto o homem quanto Deus são limitados em sua capacidade de agir sobrenaturalmente, a não ser que as fórmulas de fé adequadas sejam ditas, permitindo que o seu poder opere.[8] Só quando homens e mulheres imitam a Deus e Suas leis, eles podem realizar milagres.

Por exemplo, "Deus criou o universo dizendo que este viesse a existir. Ele deu a você essa mesma habilidade na forma de palavras."[9] Deus é, portanto, um Deus de "palavra de fé", que criou o homem à Sua imagem e lhe deu o potencial de usar o poder que Ele manifestou na criação.[10] "O homem é então um espírito, perfeitamente capaz de operar no mesmo nível de fé que Deus."[11] Como resultado, "você tem o poder de Deus à sua disposição".[12] Tudo isso explica porque a maioria dos pregadores da Fé pensa que o homem é um deus literal – nas palavras de Copeland, um ser "da classe de Deus".[13] Ao imitar o uso das leis cósmicas por Deus, o homem pode realizar atos sobrenaturais como os dEle – (...)

E isto é fé ou é ocultismo ?(veja as distorções heréticas do livro “o segredo”).

Mas os pregadores da Fé também afirmam haver perigo em tudo isso. Essas leis cósmicas operam indiscriminadamente. Se os cristãos não tiverem cuidado, Satanás pode enganá-los porque tem igualmente condições de operar, usando as línguas de homens da classe de Deus.[14] Por exemplo, a "confissão negativa" – qualquer coisa dita que negue os princípios do Movimento da Fé – permite que Satanás entre na vida dos cristãos e os engane.

Em seus ensinos se utilizam, portanto, de princípios ocultista, dos mais antigos já conhecidos. Cuidado! Não se deixe enganar com palavras que agradam seus ouvidos, mais aprisionam ainda mais a sua alma. Não confunda certos resultados com a transformação e com a santificação, pois é sem elas que ninguém verá o Senhor. Certas bênçãos, não são bênçãos.

Em qualquer caso, até a missão do próprio Cristo é adequada à filosofia da Fé. Por que Jesus veio? Segundo o Movimento da Fé, uma razão da vinda de Jesus foi transformar-nos em "Cristãos da Fé" fortes, que pudessem fazer as coisas que Ele fez – e coisas maiores ainda. Jesus veio a este mundo por causa do poder da palavra proferida por Deus e por causa da fé que Deus tem na Sua fé.[15] De fato, Jesus foi a síntese do verdadeiro homem de "Fé". Ele sabia como usar perfeitamente as leis espirituais do Universo[16] e, portanto, tinha imensos poderes e fazia milagres incríveis. Assim sendo, Jesus foi um exemplo do Homem Bem-Sucedido. Robert Tilton ensina: "Jesus veio para livrar a humanidade do fracasso e nos levar ao sucesso".[17] E: "Deus criou o homem para ter sucesso, mas ele falhou... Deus enviou então Jesus para resgatar-nos do fracasso e restaurar-nos à posição de sucesso... (Por causa do nosso fracasso) Deus preparou um novo plano. Esse plano foi enviar Jesus. Mediante Jesus recebemos força e poder para sermos bem-sucedidos..."[18]

No livro Commanding Power (Poder Que Comanda), Kenneth Hagin Jr. (principal representante dos Estudos Rhema) ensina que a expiação de Cristo trouxe aos cristãos o "poder de comandar" ou a habilidade de ordenar que as coisas que nos rodeiam se conformem aos nossos desejos. "Nosso problema é que oramos e confessamos muito, mas não mandamos. É gostoso mandar!... Jesus já pagou o preço para fazermos isso..."[19]

O mesmo grupo de Estudos ensina ao longo de seu curso sobre a fé, que Jesus Cristo morreu espiritualmente, e que durante três dias foi atormentado nos infernos por satanás e seus demônios. Em suas afirmações destacam que Cristo teve que passar por tudo que nós teríamos que passar para ser nosso redentor. Ensinam que Jesus precisou ser o primeiro homem a nascer de novo. Onde é que encontraram respaldo para essas heresias difamatórias e perniciosas?
Além disso, na cruz e no inferno, Jesus não só derrotou Satanás e sofreu o castigo pelo pecado, como também levou sobre Si a maldição da lei (Gl 3.12), pagando o preço pelas nossas fraquezas, pobreza e doença, a fim de que cristão nenhum tenha de experimentá-las.[20]

Isso significa que, para o Movimento da Fé, Jesus não é simplesmente nosso Salvador do pecado. Ele é o Redentor da nossa Fé, o exemplo perfeito dos "princípios da Fé" em ação. Como "pequenos cristos" e "pequenos deuses", devemos ser imitadores dEle.

Qual a relação entre os ensinos do Movimento da Fé e a teologia das seitas?

A maioria dos pregadores da Fé afirmou publicamente que não ensina a "Ciência Cristã", "Poder da Mente" ou o "Novo Pensamento".[21] Isso parece indicar que até os próprios pregadores da Fé reconhecem suas similaridades com sistemas heréticos ou, pelo menos, têm conhecimento das acusações feitas por outros.

Não obstante, apesar dos desmentidos, em muitos pontos seus ensinamentos são semelhantes ou quase idênticos aos encontrados nas religiões do "Poder da Mente".[22] Os conceitos de confissão positiva, prosperidade e sucesso, saúde divina, manipulação da criação, negativa sensorial, e rejeição implícita da medicina científica podem ser todos encontrados nas teologias do "Poder da Mente" dos séculos dezenove e vinte, tais como a "Unity School of Christianity" ("Escola Unitária do Cristianismo"), "New Thought" ("Novo Pensamento"), e "Science of Mind" ("Poder da Mente"). [Esses três grupos, juntamente com o Movimento da Fé, também ensinam que a "confissão negativa" pode produzir doenças, tragédia e até a morte.]

De fato, alguns ensinos e práticas contidos no Movimento da Fé também são encontrados em outras religiões e seitas não-bíblicas. Por exemplo, o conceito dos crentes serem "deuses" ou terem poderes divinos é encontrado no mormonismo e no "armstronguismo" (Igreja de Deus Universal – N. R.). A prática de "decretar" a existência de coisas pode ser vista em alguns grupos ocultistas e orientais, tais como a Igreja Universal e Triunfante, e o budismo Nichiren Shoshu. Talvez seja por isso que o historiador carismático D. R. McConnel documenta tão prontamente a origem pagã do Movimento da Fé através de E. W. Kenyon:

[O Pai moderno do Movimento da Fé, Kenneth] Hagin plagiou E. W. Kenyon, em palavras e conteúdo, na maior parte da sua teologia. Todos os pregadores da Fé, inclusive Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, quer admitam ou não, são filhos e netos espirituais de E. W. Kenyon. Foi Kenyon, e não Hagin, que formulou as principais doutrinas do moderno Movimento da Fé... Os alicerces da teologia de Kenyon foram formados nas seitas metafísicas, especialmente no "Novo Pensamento" (New Thought) e na "Ciência Cristã"... Kenyon tentou forjar uma síntese dos pensamentos metafísico e evangélico... O resultado na teologia da Fé é uma estranha mistura de fundamentalismo bíblico e metafísica do Novo Pensamento.[23]

Por exemplo, considere como as influências das seitas no Movimento da Fé se entrelaçaram na doutrina da cura:

A teologia da cura do Movimento da Fé não está baseada na capacidade de detectar sintomas, mas em negá-los. Os sintomas físicos não são reais. Mas eles irão tornar-se reais se o crente reconhecer a sua existência e deixar de aplicar os princípios da cura espiritual. Só quem não sabe crer em Deus para a cura espiritual irá recorrer à medicina científica. A visão da "Fé" quanto à medicina científica é pagã... e é a mesma visão pregada pelo fundador da metafísica do século dezenove, P. P. Quimby.[24]

Conclusão

Em seu confronto com a Igreja de Roma, Martim Lutero confessou que, a não ser que fosse "convencido pelos testemunhos das Sagradas Escrituras ou razão evidente", ele estava "obrigado pela Escritura" a manter os princípios da Reforma. Não era "seguro nem correto" agir contra a sua consciência nesse aspecto. Para Lutero, a Escritura estava acima de toda experiência e acima de todas as afirmações extra-bíblicas de revelação divina – e, por causa dessa sua posição, a igreja tem uma dívida incomensurável para com ele. Do mesmo modo, ao examinar o Movimento da Fé, só as Escrituras devem ser o nosso padrão – e não a experiência ou novas alegações de revelação divina. (John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br/)


...os pregadores da Fé têm sido hábeis em disfarçar-se de carismáticos... [mas] tanto "as raízes como os frutos" da teologia da Fé são decididamente metafísicos... – Hank Hanegraaff - Presidente do Instituto Cristão de Pesquisas nos EUA e autor do livro Cristianismo em Crise (citação do Prefácio de "A Different Gospel", edição atualizada, de D. R. McConnell). Graças a Deus por mais este trabalho que vem fortalecer a refutação à Teologia da Saúde e da Prosperidade em solo brasileiro. Este livro revela muitas declarações absurdas de vários pregadores da Confissão Positiva nos EUA, mostrando o caráter herético dessa corrente doutrinária. É, sem dúvida, um forte alerta aos crentes no Brasil, para que não venham a seguir o exemplo de tais líderes na outra América.– Pr. Paulo Romeiro - Presidente do AGIR e autor dos livros SuperCrentes e Evangélicos em Crise.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Fora com a soberba

Tome cuidado com a Auto-Suficiência

Uma das mais antigas estratégias de satanás para afastar o cristão de uma genuína comunhão com DEUS, é o reforço constante de que os seres humanos precisam desenvolver capacidades próprias para alcançarem aquilo que desejam. A idéia de superação de limites e o investimento gradativo em uma “certa auto-suficiência” são boas estratégias para se mesclar o que é benéfico com o que é maléfico, o que é “quente com o que é frio”. (Ap. 3.16)

Nossa sociedade tem investido profundamente no desenvolvimento de pessoas individualistas, pessimistas, orgulhosas e auto-suficientes. A necessidade de controle sobre o próprio “destino” tem formado uma geração de cristãos que se afastam diariamente dos caminhos e dos propósitos do Senhor para suas vidas.

Nosso inimigo tem semeado desejos de conquista e de crescimento pessoal por meio de esforços puramente humanos. A Bíblia indica que todos nós precisamos trabalhar e nos dedicar àquilo que fazemos, entretanto, tal orientação descarta a possibilidade de que sozinhos possamos alcançar os céus.

Uma nova multidão de cristãos auto-suficientes está surgindo. Pessoas que se vangloriam em suas próprias capacidades, indivíduos que se gabam de seus dotes naturais e de suas conquistas.
São cristãos-perdidos, salvos por si mesmos. Uma geração que adora o próprio ventre e, incansavelmente, alimentam desejos carnais sob máscaras espirituais.

Como disse Pedro: “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva. Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.

Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça (da salvação), do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” (2 Pe. 2. 17-22).

A auto-suficiência aponta para a atitude daquele que prima por suas próprias decisões e escolhas, desmerecendo conselhos sábios e a própria Palavra de Deus. É comum pessoas e grupos distorcerem e falsicarem a Palavra de Deus, visando justificar e legitimar suas práticas e concepções. Porque “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” (Rm. 1.22)

É certo que o próprio pecado é gerador de tamanha cegueira e que os indivíduos, mergulhados em um mar de desejos sem Deus, são absorvidos e sufocados por uma profunda ignorância espiritual. Por causa disto, tome cuidado com a auto-suficiência. (by Pr. Jailson Queiroz Fagundes)